Voltando a falar de Paris =), tiramos o domingo (27/03) para conhecer lugares que já passamos por perto, mas nunca paramos de fato para visitá-los.
Luxembourg tem como principais pontos turísticos o lindíssimo Jardin du Luxembourg, o Palácio de Luxemburgo e a Igreja Saint Sulpice.
Visão da região de Luxembourgo da Torre de Montparnasse. A área verde é o jardim =P, em frente ao jardim é o Palácio de Luxemburgo e no canto superior esquerdo observa-se a Igreja de St-Sulpice (Fonte: Wikipedia).
O Jardin du Luxembourg foi inteiramente aberto ao público no século 19, quando o seu dono, o conde de Provence (Luís XVIII), permitiu que, em troca de uma pequena taxa, a população entrasse e consumisse as frutas do pomar. Atualmente, não há nenhuma taxa, a entrada é gratuita =)
O Palácio de Luxemburgo (Palais du Luxembourg), que fica dentro do Jardin du Luxembourg, foi projeto no estilo do Palácio Pitti de Florença para que a Maria de Médicis, rainha da França, esposa do rei Henrique IV, recordasse a sua cidade natal (que mordomia!). O Palácio foi o palácio real até a época da revolução, depois foi usado como prisão, e na Seguda Guerra como quartel-general com abrigos antiaéreos. Hoje, é a sede atual do Senado francês.
Fundo do Palácio (de frente para os jardins)
Frente do Palácio/Senado
Além da enorme área verde e dos belissímos jardins, o lugar conta a fonte de Médicis (Fontaine de Médicis), construída em 1624 em homenagem a Maria de Médicis. A fonte (segundo informações =P) está cheia de peixes dourados. Nós não vimos nenhum, apenas patos =P.
O jardim possui também uma coleção de estátuas (muitas!) e um lago ornamental (o grand bassin), que fica cheio de barquinhos à vela para a gurizada brincar, e fica rodeado de cadeiras para que as pessoas possam tomar sol, ler, conversar, ... o lugar estava cheio (apesar do dia nublado)! Imagina isso no verão!!
Uma das (muitas) coisas legais no Jardin du Luxembourg é o espaço reservado às crianças: parquinhos, pôneis para passear, "caixas" de areia. A criançada realmente se diverte por lá! Para os grandinhos =P, o lugar oferece quadras de tênis, basquete e futebol =)
Passamos um bom tempo nos jardins e saímos nos perguntando porque demoramos tanto tempo para ir lá =P. Estamos no início da primavera e ficamos encantados com o lugar. Já temos a certeza que teremos que voltar no final da estação =)
Saindo do Jardin du Luxembourg fomos conhecer a praça St-Sulpice (próxima do Jardin). Nesta praça encontra-se a Igreja St-Sulpice (enorme!!!) e a fonte dos Quatros Cardeais (Fontaine des Quatre Point Cardinaux). A igreja, que levou 134 anos para ser construída, a partir de 1646, conta um belíssimo orgão e grandes vitrais. A igreja ficou ainda mais conhecida após o livro e o filme "O Código da Vinci". É na St-Sulpice que o monge entra em busca de uma pista do Santo Graal, quebra o chão no ponto onde passa a linha meridiana (supostamente o vestígio de um templo pagão) e mata uma freira.
Depois da região de Luxemburgo, partimos para a St-Germain-des-Prés. Mas, essa região vai ficar para o próximo post ;-)
bjins!
Fotos no meu orkut (Sandrinha Eliza) e no picasa de Bruno
https://picasaweb.google.com/shenoceara/Luxembourg#
O The Black Keys é um duo americano, Patrick Carney e Dan Auerbach, respectivamente bateria e guitarra. Umas das bandas mais legais dos últimos tempos, indo um pouco na onda do White Stripes, mas com uma força no som que o White Stripes não tenha conseguido, talvez pela falta de um baterista mais competente :P.
Mas voltando um pouco e falando de antes do show. A coisa não começou muito bem, porque eu ia com Sandrinha (fico carregando ela pra todos os shows :P) mas ela passou o dia doente :/ Eu ainda mandei recados no twitter pra uns caras que eu sei que vão em shows direto, tentando vender o ingresso dela, mas ninguém entrou em contato, então fui pra vender na porta mesmo ( cambista :P ).
Cheguei e vi que ia ser complicado porque tinham muitos cambistas lá e quando viram que eu tinha ingresso pra vender não gostaram muito. Os primeiros me ofereceram menos do que o ingresso valia e certa hora uns 3 me encararam, dizendo que iam comprar, mas queriam ver o ingresso, pra eu tirar do bolso do casaco e mostrar pra eles kkkkkk eu rasgava e jogava fora mas eles não iam me roubar ( nem a pau ).
Um negão mais alto veio dizendo que queria ver e tal, eu ainda tentei mostrar do casaco mesmo mas o malandro, vc sabe, "eu n to vendo, tire aí, quero ver direito" kkkkk, ele ainda mostrou a grana pra dizer que tinha dinheiro, mas eu saí. Fui pra frente do local do show ( Olympia ) e já estava ligando pra Sandrinha pra dizer que ia entrar e que o dinheiro estava perdido :/ Nessa hora, um dos caras veio sozinho, mais tranquilo (claro já tinham feito uma pressão danada em mim) me deu o dinheiro e pegou o ingresso.
Thickfreakness
Ainda tomamos 15 euros de toco, porque tinhamos comprado os ingressos depois que esgotou, em outro site ( coisa que não faço mais!! ) e com a entrega pagamos 60 euros em cada, pq eu queria MUITO ir. Como vendi o de Sandrinha por 45, quer dizer, paguei 75 euros pra ver o Black Keys kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mas simmmmmmm, o show. Como quase sempre aqui em Paris, eles não avisam que vai rolar banda de entrada, mas sempre tem :P, dessa vez foi um bluesman francês, Roman. O cara tocava guitarra e com cada pé ele tocava o chimbal e o bumbo e ainda cantava kkkkkkk Figura demais o cara, foi legal.
Stack Shot Billy
Depois disso, The Black Keys!! Que banda boa, que som legal, fazia tempo que eu não "dançava" tanto, deu vontade até de pogar :D. Eu gostei também da galera, que ficou doida com o som dos caras. Fora a velha história de dar tchau, esperar a galera gritar pela banda e depois voltar pro bis, o resto é pancada, do início ao fim :D, muito foda, paguei caro mas saí muuuito feliz.
Tighten Up
Aliás, feliz e com um zumbido nos ouvidos kkkkkkk O local do show é bem legal ( volto lá em maio pra ver o Queens of the Stone Age, dessa vez com Sandrinha), os francesas não costumam se apertar na frente na hora do show, eles ficam nos seus lugares e existe pouco empurra-empurra. Falando do público francês vi gente de todas as idades, pessoal mais novo, galera da minha idade e muitos coroas fazendo air guitar nos solos Dan Auerbach. Pais e filhos na platéia, coisa muito legal :D ( Quem sabe um dia com meus filhos kkkkk )
Next Girl
O Dan tira muita onda com suas guitarras (que são lindas!!), enquanto Patrick Carney, com sua cara de tiozão e jeito de professor de inglés, vem com uma bateria beeem pesada, que é a coisa mais foda na banda ao vivo, por que a guitarra do Dan é muito boa, inclusive nos albuns, mas a bateria do Patrick ganhou outra vida ao vivo.
Enfim, showzão, imperdível, mesmo tendo que pagar caro, ir sozinho, enfrentar cambista e sair com os ouvidos em choque :D
Ahhhh somente 2 reclamações:
- show curto, 1h20, apesar que foram em torno de 18 músicas;
- não tocaram "10 am Automatic" :/
Everlasting Light
Howling for You
Pena que pelos os vídeos não dá pra notar a pressão da músicas deles ao vivo, a coisa fica parecendo mais calma até. Mas dá pra vocês terem uma noção e pra eu poder relembrar :D
Setlist
Thickfreakness
Girl Is On My Mind
The Breaks
Stack Shot Billy
Busted
Act Nice and Gentle (The Kinks cover)
Everlasting Light
Next Girl
Chop and Change
Howlin' For You
Tighten Up
She's Long Gone
Ten Cent Pistol
I'll Be Your Man
Strange Times
I Got Mine
No último dia 14/03 fomos ver um show aqui em Paris (quer dizer, em La Défense, na saída da cidade, colado onde eu trabalho :P). Nessa época acontece lá um festival chamado Chorus ("córus" :P) que ocorre numa pequena tenda montada em La Défense (aqui). No dia que fomos, tocaram as bandas Lou Lesage, King Charles e a principal da noite, o The Dø.
O The Dø é uma banda indie francesa (/finlandesa) composta pela finlandesa Olivia Merilahti (vocalista, foto no show) e pelo francês Dan Levy (instrumentista, foto dos 2 no show). Eu já conhecia o primeiro álbum deles, A Mouthful, e eles acabaram de lançar trabalho novo, Both Ways Open Jaws. A banda vem sempre com arranjos bem interessantes e a voz marcante da Olivia. Aliás esse trabalho novo, pra mim, vem muito mais maduro e mais completo, to gostando bastante.
On my Shoulders
O show foi muito legal, gostamos de tudo. O festival Chorus é muito interessante, porque o local é fechado, pequeno e muito bem organizado, sem falar que a entrada é bem barata, 14 euros.
As 2 primeiras bandas Lou Lesage e King Charles não são conhecidas mas foram escolhas bem legais. Vimos um pedaço do rock n' roll da francesa Lou Lesage (foto) e o show todo do doidão King Charles (foto), que aliás teve pedido de bis gritado pela galera. O cara gosta de se exibir com a guitarra, sem contar no estilo e nas roupas.
O The Do já entrou mandando 5 músicas do disco novo, direto. A banda é bem legal, toca muito bem ao vivo, mesmo nas músicas novas a coisa parece muito bem ensaiada, inclusive com arranjos novos para as músicas do primeiro álbum.
Bohemian Dances
A primeira música velha que rolou foi On My Shoulders que ela entrou só com o violão e depois o resto da banda veio junto.
Eu falei em evolução do som deles nesse álbum novo e acho que eles tão abraçando isso, tocando em peso o álbum novo. Apesar que esses shows iniciais na França servem muito pra turnê engrenar :P, por isso, acho que eles estão tocando muitas do álbum novo, pra saber o que funciona melhor ao vivo.
Too Insistent
Detalhe que foram 10 músicas novas, 4 "velhas" e um cover bem inusitado, Tightrope da Janelle Monáe. Mas eu fiquei fã mesmo da vocalista, acho que nos álbuns a voz dela não fica tão bonita como ao vivo, as vezes soa até meio "enjoada" nos discos. Ao vivo a coisa muda, ela tira onda, grita, muda de estilo, faz de tudo, muito foda.
Playground Hustle
Das coisas novas achei que Bohemian Dances ficou muito boa ao vivo. Nós não ficamos até o final, já passava da 0h e ia ficar sem metrô pra ir embora kkk. Só perdemos a última música. O setlist abaixo é do outro show que eles fizeram em Paris, semana passada, mas foi idêntico ao que vimos.
Depois de muita enrolação, voltei ao blog kkkkkk. Na verdade, fevereiro foi cheio de ação, além de começar a trabalhar :D a gente se mudou 2x, e a primeira foi na correria. Agora estamos bem, casa nova, felizes e organizando viagens :D . Mas esse post é pra falar de algo que aconteceu em fevereiro, então vamos lá.
Depois de muito tempo com vontade de ver um jogo do Brasil ( Pai, eu ainda lembro que você foi ver Brasil 6 x 0 Bolívia, em Recife, pelas eliminatórias da copa de 94, e não me levou kkkkkk ), foi preciso vir morar na França pra finalmente realizar esse sonho. Tá bom que esse sonho vem de uma época em que o Brasil jogava muito mais bola do que hoje em dia e eu mesmo era muito mais fanático por futebol.
Mas a paixão ainda existe, o vício só está mais contido e foi nesse espírito que fomos pro Stade de France (local onde normalmente não somos muito felizes), eu, Sandrinha e nossa amiga Lisandre (torcedora fervorosa do Inter...ops, pardon, torcedora fervorosa do Grêmio!!).
Pegamos um trem lotadíssimo e seguimos para St-Denis, ao lado de Paris. Não esperávamos menos, no estádio cabe mais de 70 mil pessoas e pra chegar lá, apesar de poder ir de carro ou ônibus, a galera usa mesmo o metrô e o RER (trem), sendo que esse último acaba sendo muito mais utilizado já que é mais rápido, passa em menos estações e assim chega bem mais rápido.
De cara, ainda da estação, já dava pra ver como o Stade de France é bonito, e como tudo em volta estava lotado, em uma mistura desproporcional de verde/amarelo com vermelho/branco/azul. Depois de 2 ou 3min de "caminhada" kkk chegamos ao estádio, bonito pra cacete, gigante, todo iluminado e cercado de entradas, algo em torno de 25/26 entradas ao seu redor, o que facilita bastante e evita muita gente acumulada em poucas portas.
Detalhe, resolvi ir com minha camisa do SPFC, qual camisa poderia representar melhor o Brasil, fora do Brasil? (partindo do princípio que eu não tenho camisa da seleção). Mas a coisa não saiu bem, só podia entrar com coisas do Brasil ou da França e eu quase tive que tirar a única camisa que tava usando pra poder entrar, mas um cara disse, feche o casaco e pode entrar, pronto! Ufa!!
Lugares marcados, lá no alto, ótima visão do campo, frio do cacete e a primeira coisa que vemos e escutamos é o batuque de uma escola de samba kkkkk, passistas e outros membros de alguma escola de samba davam uma "volta olímpica" no estádio, enquanto o alto falante tocava "samba" a toda altura. As meninas já tiraram nossas bandeiras do Brasil, porque elas queriam aparecer na Globo (faltou o cartaz pro Galvão). Eu tava mais preocupado em exercer meu direito de torcedor e poder gritar e xingar no estádio, pra aliviar todas as minhas frustrações do dia-a-dia kkkkkkkkkkkkk
Outra coisa interessante e que se assemelha aos jogos da NBA, é que o jogo tem um animador, o cara fica falando com a torcida, pedindo a ôla, cantando alguma coisa pra que todos sigam, etc. A torcida francesa não é das mais animadas, mas 70 mil pessoas com bandeiras e o time vencendo não precisa de muita coisa pra parecer animado.
Esse animador que vai avisando quando os times vão aquecer, ou quanto tempo falta pro jogo começar e também vai entrevistando alguma personalidade presente. Pouco antes do jogo começar ele falou as escalações dos times. Na hora de falar o nome dos brasileiros as meninas ficaram corrigindo o animador kkkkk. Já o anúncio da escalação da equipe francesa é uma festa, enquanto ele fala o nome do jogador a torcida grita o sobrenome (que é como eles são conhecidos!).
Sobre o jogo, eu vou falar pouco, basta dizer que ver o jogo do estádio é completamente diferente, principalmente do alto, como vimos. Conseguia ver direito o esquema, notar quais jogadores estavam mais parados e os que se movimentavam mais em campo, muito mais legal do que estar preso a ver onde a bola está.
Outra coisa é que (talvez por estar lá) vi um time do Brasil bem arrumado, pressionando a França desde o início e se não fosse a expulsão (que apesar de ser acertada, foi meio demais pra um amistoso) de Hernanes, o Brasil dificilmente perderia aquele jogo.
No intervalo, teve uma competição com crianças pra tentar chutar a bola no travessão kkk, coincidência ou não somente os 2 canhotos do grupo acertaram. Segundo tempo só deu França, Benzema carregou o time nas costas e deu a vitoria aos "Les Bleues", mas o Brasil ainda resistiu bem, graças a Júlio César.
Ao final do jogo, uma onda gigantesca de gente se dirigindo ao trem e eu pensando quanto tempo levaríamos para chegar em casa kkkkk acostumado com os eventos organizados no Brazil :/ Mas, a polícia fez um esquema bem inteligente, liberando aos poucos as pessoas pros trens, e assim a coisa andou muito rapidamente e além de pegarmos o trem bem mais cedo do que pensávamos, fomos todos sentados. Final feliz para uma noite que apesar de ter sido de derrota foi bem divertida.
Como sempre, fotos no orkut de Sandrinha e no Picasa.
